Educação Patrimonial - Ofício e transmissão de sabres com o mestre sambador Martiniano Ferreira


Martiniano é popularmente conhecido como Mestre Gilson ou ainda S. Gilson. Gilson é pai de quatro filhos e avô de sete netos, dos quais transmite para as suas novas gerações os saberes tradicionais do Samba de Roda.

Além de transmitir aos netos, S. Gilson ministra oficinas para crianças e adolescentes do Samba de Roda Mirim Flor do Dia, ofício que exerce desde 1980 com a formação do grupo mirim para homenagear Nossa Senhora da Boa Morte, durante o mês de agosto.

Nos dias atuais o mestre ministra as oficinas na Casa do Samba de Roda de D. Dalva. Trabalho resultado da consciência pela importância em preservar os saberes do Samba de Roda tradicional do Recôncavo da Bahia, na qual o mestre apresenta o histórico do Samba de Roda Suerdieck (Samba de Roda de D. Dalva), os instrumentos utilizados durante as apresentações desde a formação do grupo até os dias atuais. Apresenta também: a variação entre o Samba de Roda Corrido e o Samba de Roda Barravento; interpretação de cantigas; registro do Samba de Roda como Patrimônio Imaterial do Brasil; além de outros temas ligados a manifestações da cultura popular.

Mestre Gilson conta que passou a integrar o Samba Suerdieck a partir do convite de um dos colegas tocadores do grupo, Alberto Ferreira conhecido como Pedro. Em sua primeira apresentação S. Gilson substituiu um dos integrantes, e desde então permaneceu no grupo até os dias atuais, onde é responsável pela guarda e manutenção dos instrumentos.

Dentre os momentos importantes junto ao Samba Suerdieck, S. Gilson conta que está o registro do Samba de Roda, em que o projeto foi elaborado junto com a professora Francisca, na qual foi intenso desenvolvido através de várias reuniões nas comunidades de Cachoeira e São Félix, produção de documentações e elaboração de projeto, um grande investimento e trabalho por diversos dias e noites.

 

NETO, Martiniano Ferreira dos Santos.  Patrimônio e Cultura. Apoio e Promoção a Manifestações Culturais – 2ª edição. Entrevista concedida a Any Manuela Freitas. Cachoeira, 2021.

 

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