Beatriz da Conceição

 


Conhecida carinhosamente como Bibi, Beatriz da Conceição nasceu na cidade de São Félix em 28 de setembro. A sua relação com a cultura vem ao herdar de sua avó Pequinita as heranças culturais, sua avó foi uma artista completa atuando nas artes cênicas e artes plásticas. Muito religiosa, é devota de Nossa Senhora da Conceição por influência familiar, além dos irmão gêmeos São Cosme e São Damião, e Santo Antonio.

Bibi conhece Dona Dalva desde criança, quando junto com os seus irmãos ia levar o almoço para a sua mãe no trabalho, em que era operária charuteira na Fábrica de Charutos Suerdieck. Lá a garota ficava acanhada aguardando a mãe e os irmãos para ir pra casa.

Atualmente Beatriz está aposentada, porém dedicou a sua vida cultura e a gestão de trabalhos culturais. Na cidade de São Félix foi gestora de cultura e dirigiu a Casa da Cultura Américo Simas. Na função de direção e execução de artes participava e mobilizava os seus alunos para atuarem com a cultura popular, os estimulava e os ensinava a desenvolver peças artísticas, incluindo boneco, onde um deles deu vida a boneca Bibizona em sua homenagem. Ainda como gestora da Casa da Cultura fundou a Puxada de Rede, dirigiu durante 14 anos o espetáculo a céu aberto A Paixão de Cristo, apoiou outras manifestações como o Afoxé de D. Fia além de já ter atuado em canto coral no município.

Em 1985 começou a se apresentar no Samba de D. Mariá do Samba de Roda do Varre Estrada. Após a apresentação no grupo durante os festejos de São João, Bibi e Dona Mariá Lameu participavam do Samba de D. Dalva. Com os convites frequentes, passou a integrar o grupo na qual lembra com carinho de uma grande amiga sambadeira, a saudosa Dona Maria Rochinha.

Bibi era companheira da sua avó e nas festividades em que a acompanhava, sua avó a estimulava a rezar e a sambar nos festejos dos carurús de santo. Hoje lembra com saudades das companheiras de trabalho de sua mãe e dos momentos em que participava da Feira do Porto, nas quais sua saudosa mãe a apresentava as pessoas, incluindo aqueles que participavam do Samba de Dona Dalva e da Quadrilha de D. Vanda.

 

CONCEIÇÃO, Beatriz. Patrimônio e Cultura. Apoio e Promoção a Manifestações Culturais – 2ª edição. Entrevista concedida a Any Manuela Freitas. Cachoeira, Outubro 2021.

 

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