Memória - Ana da Conceição


Nascida na cidade São Félix, Ana Maria da Conceição é carinhosamente conhecida entre os seus familiares e amigos por Ana Preta. Mãe de três filhos, avó de cinco netos e bisavó dois bisnetos, desde criança acompanha a sua mãe em sambas de caruru e de devoção, realizados nas residências de familiares e conhecidos.

É filha de santo há 40 anos, a partir da sua saudosa Ialorixá Galdina conhecida como Baratinha foi apresentada para participar no Samba de Roda Suerdieck, em novembro 1982. Desde então até os dias atuais integra o grupo de mulheres que se apresentam vestidas de baiana. Assim como outras integrantes, Dona Ana foi operária charuteira no armazém de fumo em Cachoeira e Cruz das Almas, em que realizava as funções de abrir fumo, destalava, empilhava e secava ao sol, além de outras funções que lhe eram delegadas.

Atualmente Dona Ana é aposentada e presta serviços como autônoma em residências. Além do Samba de Roda Suerdieck é participa do Terno do Acarajé, na qual se veste com orgulho e prepara tabuleiro da baiana para distribuir as iguarias que compõem o tradicional tabuleiro.

Há aproximadamente 04 anos Dona Ana Preta é noviça da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, na qual foi apresentada por Dona Dalva passando então a tê-la como madrinha.

No que se refere a religiosidade Dona Ana relata ser devota de Bom Jesus da Lapa e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No candomblé destaca o seu amor a mãe Oxúm e o seu apego a Nanã desde jovem, orixá que acompanhava a sua saudosa avó. Durante a entrevista, D. Ana conta que frequentemente participava das sessões da saudosa Ialorixá e irmã da Boa Morte Mariá Lameu em São Félix

Dentre as cantigas do Samba de Roda, relata o seu amor pela música, dentre “Amor de longe”.

 

CONCEIÇÃO, Ana Maria da. Patrimônio e Cultura. Apoio e Promoção a Manifestações Culturais – 2ª edição. Entrevista concedida a Any Manuela Freitas. Cachoeira, 2021.

 


 

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