Memória - Ana Olga Freitas
Cachoeira, nascida em 12 de junho, filha de mãe operária da
fábrica fumageira e sambadeira, pai militar e integrante da filarmônica da Polícia
Militar da Bahia, Ana Olga nasceu em uma família de artistas. Desde criança
acompanha a sua mãe em festejos religiosos e tradicionais. É mãe de 03 filhos e
avó de 02 netos, que a acompanham em suas atividades culturais.
Desde criança acompanha a sua mãe e familiares nas rezas de
Santo Antonio, São Cosme e São Damião e demais santos católicos. Dentre os
vários momento e lembranças Mestra Ana lembra de quando ansiosamente, a noite
aguardava a sua mãe chegar de um concurso em que o Samba de Roda Suerdieck
participou no São João Feira do Porto em Cachoeira. A ansiedade em saber do
resultado foi acalentada com a resposta positiva de Dona Dalva, que naquele
concurso o Samba de Roda Suerdieck teria sido o campeão.
No que tange a religiosidade D. Ana pertence a religião de
matriz africana, além de católica não
praticante. É devota e cultua aos Orixás do panteão africano, já no catolicismo
a sua devoção a faz organizar as rezas de Santo Antonio, São Cosme e São Damião
e outros santos. No tríduo de Santo Antonio na Casa do Samba de Roda de D.
Dalva, Dona Ana organiza o altar e os demais preparativos que incluem a
preparação de iguarias a ser distribuída aos partilhadas com os participantes.
Ana Olga é baiana compositora e cantora do Samba de Roda de
D. Dalva (Samba de Roda Suerdieck). Mantém a preservação e a continuidade das
características tradicionais do grupo, das quais estão as indumentárias, a
utilização das tabuinhas de madeira e a criação das letras de Samba de Roda
abordando o seu amor por Cachoeira e pela cultura do Recôncavo. Uma artista completa, que também coordena o
terno de Reis Esperança da Paz, trabalho que assume da organização, à confecção
das indumentárias até o encerramento do festejo. Além do Terno de Reis, é
organizadora da Quadrilha Junina da Terceira idade – “Quanto mais velho
melhor”, do Samba de Roda Mirim Flor do Dia e do Terno das Baianas do Acarajé.
O Samba na vida de Ana Olga representa o viver, a vida, a paz
e a saúde.
FREITAS, Ana Olga. Samba de Roda Mirim Flor do Dia e a
salvaguarda do Samba do Recôncavo. Entrevista concedida a Any Manuela Freitas.
Cachoeira, Setembro 2021.
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