Quadrilha Junina – Quanto mais velho melhor

 

O período das festas juninas retrata os festejos tradicionais comemorados expressivamente pelo povo nordestino. Com um misto de fé, sentimentos, danças, cantigas e uma grande festa com muitos símbolos e cores, as festas juninas movimentam diversas cidades na Bahia.

Como manifestação do São João está a “Quadrilha Junina – Quanto mais velho melhor” da Casa do Samba de Roda de D. Dalva marca a sua tradição do mês de junho da cidade de Cachoeira. Mestra Ana Olga, a organizadora da quadrilha, conta que foi reativada no ano de 2016 com 30 pares de brincantes dos mais diversos bairros de Cachoeira. Como a própria denominação, a quadrilha reúne em sua maioria pessoas acima de 50 anos e juntamente com o público celebra o casamento da roça e a irreverência da dança típica do período.

Foto Caroline Moraes

A quadrilha se apresenta na cidade de Cachoeira e já participou inúmeras vezes da Feira do Porto no São João de Cachoeira no Recôncavo baiano, onde inclusive já foi homenageada juntamente com a saudosa Dona Vanda com a Quadrilha do Troca-troca e com Seu Zinho da Quadrilha. Com uma musicalidade característica, ao retomar em 2016 contou com a musicalidade de Danton do Acordeon e grupo, homenageou a saudosas figuras como Seu Zinho da Quadrilha, Dona Vanda do Trança Fitas, além de homenagear ao forrozeiro Danton.

No São João de Cachoeira, além da Quadrilha junina – “Quanto mais velho melhor” você encontra o tradicional licor artesanal produzido na cidade, a maniçoba que é cozida pelas pessoas para oferecer aos familiares e visitantes que chegam a cidade histórica. Os mais velhos relembram brincadeiras como “pau de sebo”, trança-fitas, corrida da fogueira, corrida de saco, dentre outras.

No mês de junho a celebração religiosa ganha força também com as rezas, trezenas e tríduos de Santo Antonio, São João e São Pedro, conforme programações individuais.

 

FREITAS, Ana Olga. Patrimônio e Cultura. Apoio e Promoção a Manifestações Culturais – 2ª edição. Entrevista concedida a Any Manuela Freitas. Cachoeira, Junho 2021.